Base Bíblica: Sl 137.1-4
Lendo o Hino 453 – Anelos do Céu – comecei a pensar como é importante que nós sempre tenhamos em nossos lábios uma Palavra de Adoração e de Esperança diante de Deus. Dentre muitas questões que nos vêm à mente sobre nossas vidas e fé, jamais podemos perder ou deixar esmaecer nossa aspiração pela Terra Prometida ou, mais propriamente, pelo Retorno de Cristo.
Hoje, nós não iremos refletir sobre quando Cristo voltará, mas, gostaria que refletíssemos juntos sobre nossa esperança e expectativa sobre o chamado que este Deus nos faz para que sempre e em todo tempo o adoremos em "Espírito e em verdade".
Este salmo que acabamos de ler provavelmente seja de todo o livro, aquele que desperta as mais variáveis sensações. Há muitos que defendem que ele – salmo – nem deveria estar na Bíblia, devido à forte mensagem que contém. Sem dúvida, este é um dos salmos, na verdade, dos textos menos pregados em toda a Bíblia.
Foi escrito quando o povo estava cativo na Babilônia. Todo o Reino do Sul – Jerusalém – e o Reino do Norte – Samaria – haviam sido destruídos e grande parte do povo – principalmente a juventude – havia sido levado como cativos / escravos por Nabucodonosor.
O povo de Israel sempre foi um povo muito festivo; muito apegado às suas tradições e à sua terra. Estar numa terra estrangeira era a total negação da sensação de vida: para eles a verdadeira vida estava em sua terra, principalmente, na cidade de Jerusalém.
A alegria e a vida daquele povo foram roubadas, e, naquele período de escravidão, foi escrito este texto.
Entre muitas coisas que poderíamos extrair deste período, provavelmente, uma das mais belas lições, seja o fato de que foi no cativeiro que este povo reconheceu sua necessidade de servir a Deus verdadeiramente. Seu valor não estava condicionado ao que faziam, ou àquilo que Deus já havia realizado no passado, mas, seu valor estava em atender às ordenanças de Deus e viver uma vida aceitável e agradável diante de Deus.
Além do mais, este salmo mostra a atitude dos inimigos e opressores, zombando dos fieis e lhes pedindo canções. Eles sofriam, pois os inimigos estavam zombando deles. Os inimigos queriam ouvir alguns cânticos, mas eles não tinham vontade de cantar ou celebrar diante da calamidade que viviam.
Aquele não era o lugar certo, nem o momento apropriado para cantar. Eles se recusavam a cantar e penduravam as suas harpas nos salgueiros. Como eles poderiam ser alegres naquele país, longe da terra prometida?
Meus irmãos e minhas irmãs, vocês podem estar se perguntado: O que tudo isso tem a ver conosco hoje? - Em primeiro lugar este texto nos mostra:
- A CONVOCAÇÃO DIVINA
Este é o tempo em que o Senhor tem convocado o seu povo para louvá-Lo. Deus habita no meio dos louvores do Seu povo. Hoje, não são os inimigos e zombadores que nos pedem canções. Não são os nossos opressores que pedem louvores à nós, mas, o Rei do reis.
Na verdade, os inimigos e opressores estão hoje tentando nos calar diante das circunstâncias, já que, eles sabem que quando o povo de Deus entende e passa a viver o propósito da adoração constante e permanente em Deus, eles sabem que isto move o Céus, transformando realidades. Deus passa a agir; a Palavra de Jesus e a presença confortadora do Espírito Santo são manifestas de tal maneira que o Reino de Deus é estabelecido: pessoas são curadas, há cura, libertação, reconciliação, salvação, alegria, paz, justiça, saúde...
Meus irmãos e minhas irmãs: Nós não estamos às margens dos Rios da Babilônia, mas, estamos dentro do Rio da Vida!!!!
Em seqüência, após convocação, o Senhor dá uma ordem:
- PROSSIGAM PARA O ALVO
A tristeza daquele povo era tão grande que eles não tinham motivos nem mesmo para viver. Disse o salmista: "Nós assentávamos e chorávamos" (v.1), isto mostra a saudade do passado, da terra em que viviam. Seria saudosismo? Tradicionalismo? (=A fé morta em uma pessoa viva);
Hoje, nós somos livres: Jo 8.36 – Hoje, nós podemos adorar em todo o tempo e em todo o lugar! (João 4.23-24). Agora o Reino de Deus está em nós. Não choramos pelo passado, já que também nos lembramos de que em Cristo, são novas todas as coisas.
Hoje, nós choramos sim, mas, aos pés de Jesus, pois sabemos que aos pés de Jesus somos perdoados e enviados ao mundo: "Tua fé te salvou. Vá e não peques mais..." (Lc 7.50).
Moisés o povo diante do Mar Vermelho: Deus simplesmente disse: "Ordena ao povo que marche"!!!!
(Êxodo 14.15)
Este salmo também nos mostra que, hoje, em Cristo, Deus providenciou:
- A RESTITUIÇÃO DA ALEGRIA
Ao relatar que os instrumentos estavam pendurados, o salmista nos mostra sua condição de escravo, ou seja, não havia motivo para cantar, na verdade, nem mesmo para viver.
Agora fomos comprados por Cristo (1 Cor 6.19-20) de maneira que aquilo que outrora nos foi roubado, em Cristo nos foi restituído. É tempo de tomar posse de nossas harpas – símbolo da família, trabalho, relacionamento, saúde – e começar a glorificar a Deus sem receio, pois nós somos livres: Fl 3.1; Ne 8.10; Sl 30.11
Nosso louvor não é direcionado aos que nos levaram cativos, mas, nosso louvor está completamente direcionado para o trono da Glória, para o Rei dos reis, para Jesus, o Cordeiro de Deus, ao qual toda língua confessará e todo joelho se dobrará. É à Ele, e somente para Ele nosso louvor e nossa adoração.
"Despendure" – não sei se existe esta palavra - sua harpa nesta louve, adore, sem medo, pois maior é Aquele que está em nós do que aquele que está no mundo!
F
inalmente, Hb 11.10 nos mostra que existe uma cidade cujo Deus é o seu arquiteto e, Fp 3.20 nos mostra que nossa pátria esta nesta cidade, ou seja, a cidade celestial, por isso, é tempo de adorarmos, servirmos, deixando para trás tudo ou todos os que tentam roubar nossa alegria. É tempo de prosseguir incansavelmente rumo ao nosso propósito e aos propósitos de Deus para as nossas vidas. Despendure sua harpa – sua vida, sua família, sua saúde, seu trabalho – e receba a restituição do Senhor em sua vida.
Seja abençoado e abençoe este mundo carente e sem Deus. Em nome de Jesus. AMÉM!