“Ensina-nos a Contar os nossos Dias...”

Base Bíblica: 90.12

Estamos muito próximos de um novo ano. Daqui a poucos minutos, entramos em 2011. A grande pergunta neste momento é a seguinte: o que vai mudar em nossas vidas? O que vai acontecer de fato quanto os ponteiros do relógio marcarem Zero hora do dia 01 de Janeiro?

Meus queridos e queridas, podemos entender que todo acontecimento em nossas vidas e famílias, sempre estão de alguma maneira, sob o olhar de Jesus, na tentativa de nos tornar pessoas melhores e cheias da presença dEle. Sobre todas as coisas, quando o ponteiro do Cronos marcar zero hora, os ponteiros celestiais estarão marcando Kairós, tempo de Deus para sua vida. Um novo tempo, um possibilidade de recomeçar, ser de feliz e principalmente de fazer alguém feliz!

Não importa a prova, tribulação ou tentação a que somos acometidos, se confiarmos em Deus e nos apegarmos a Jesus e à Sua Palavra, triunfaremos, seremos vitoriosos. Jesus é maior e Ele é Suficiente!!!

O Senhor Jesus quer ser o nosso sustento físico, emocional e espiritual; Ele quer ser a nossa alegria, alegria que ultrapassa toda e qualquer situação que viermos a enfrentar; Ele também quer dar-nos unção e poder, mediante o fortalecimento, cura interior, santificação, revestimento espiritual através dos sinais visíveis do operar do Espírito Santo em nossas vidas.

O Senhor deseja revigorar a nossa fé: Deus não opera no mundo visível. “Deus é Espírito” e, sendo assim, Ele opera na dimensão espiritual. Muitas vezes, a nossa razão tenta tomar o lugar de nossa fé. Somente pela fé recebemos a Deus em nossas vidas. Se Deus existisse de modo que o ser humano pudesse compreendê-lo de modo meramente racional, Deus não seria Deus e nós não seríamos humanos.

Às vésperas de um ano novo pode ser que temamos o futuro por causa de acontecimentos do passado, mas não precisamos ficar presos, atados às nossas memórias, porque podemos prosseguir em frente concentrados em Deus. Do mesmo modo como o Senhor cuidou da terra e do Seu povo, assim também Seus Olhos estarão sobre nós: “terra de que cuida o Senhor vosso Deus: os olhos do Senhor estão sobre ela continuamente, desde o princípio até o fim do ano” (Dt 11. 12).

Existe uma canção popular brasileira muito conhecida que sempre que tenho a oportunidade de ouví-la, sua letra sempre me chama a atenção e me faz pensar na vida. Na verdade, ela sempre traz à minha memória minha infância e sempre projeta em mim o desejo de construir um novo caminho para minha vida que efetivamente poderá me levar a ser uma pessoa muito melhor do que tenho sido até o agora. Esta canção é a “Aquarela” do cantor Toquinho. O trecho final desta canção diz:

“Um menino caminha, e caminhando chega no muro,

E ali logo em frente a esperar pela gente, o futuro está.

E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chegar

Sem pedir licença muda a nossa vida, depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá

O fim dela ninguém sabe nem ao certo onde vai dar

Vamos todo numa linda passarela, de uma aquarela que um dia enfim, descolorirá!”

De alguma maneira penso que somos como este menino, que caminha, construindo sua vida e que sempre encontra diante de si muros, ou seja, obstáculos que se erguem não somente para nos fazer desistir mas, para extrair de nós aquilo que temos de melhor e que muitas vezes ainda está oculto.

Por isso, o futuro pode ser comparado à uma astronave, ou seja, é a personificação do nosso desejo de poder, de controle, mas, o futuro não pode ser controlado, ele simplesmente vem até nós, num constante encontro, numa revisão constante do nosso próprio conceito da vida.

Contudo, ao contrário da música, creio que nesta longa jornada que é a nossa vida, não viajamos sozinhos, temos um companheiro que está sempre ao nosso lado em esperança solidária. Portanto, podemos ao menos saber o rumo ao qual devemos trilhar, já que, este Deus, nos mostra o rumo e o caminho certo. Quando chegar o tempo em que esta aquarela descolorirá, certamente, seremos apresentados à uma nova realidade de nossa existência, e, creio, que será um tempo de renovo, transformação e total redenção de nossa natureza falha e pecadora.

Diante de tudo isso, gostaria que refletíssemos, de forma breve, sobre alguns conceitos descritos neste Salmo para que possamos construir um NOVO ANO abençoado, que não fica estacionando diante dos muros e obstáculos que o caminho irá nos apresentar e desafiar.

Em primeiro lugar:

1) Precisamos nos Abrigar em Deus (Sl 90.1)

Vivemos num mundo individualista que tem gerado uma massa de solitários (as) que desejam ou necessitam de estabelecer vínculos afetivos. Num momento dissidente como o que vivemos, Deus quer ser o nosso abrigo, nosso refúgio secreto em que podemos acorrer em todo o tempo.

Estar abrigado nos braços de nosso Pai é estar inteiramente entregue aos seus cuidados, já que, a jornada nesta vida é longa, cansativa e em alguns momentos, até mesmo, poderemos nos encontrar feridos diante dos muros e obstáculos que encontraremos.

Este dia transformou-se numa clara oportunidade para que nós venhamos a nos abrigar na fonte da vida e da existência humana. Nesta noite, O Criador do Universo e da Vida quer nos guardar, abrigar, alimentar, curar e então, caminhar ao nosso lado, neste árduo, mas gratificante caminho que é a vida e a existência humana.

Estando abrigados em Deus, entenderemos que:

2) A Vaidade é Transitória (90. 4)

Abrigados em Deus, seremos destituídos de todo tipo de ostentação. Entenderemos que toda vaidade é transitória, pois em Deus, verdadeiramente conheceremos quem somos.

É muito fácil enumerar uma série de adjetivos acerca de alguém, contudo, difícil é falar sobre si mesmo, pois, conscientes ou não, em diversas situações nos revestimos de máscaras que não permitem ser quem somos de fato e de verdade.

Com este entendimento, perceberemos a urgência que temos em manifestar nosso sentimento com relação àqueles (as) que estão juntos de nós. Todos nós temos algumas necessidades básicas em três verbos maravilhosos em seu significado: AMAR, PERDOAR E VALORIZAR!

Além disso, perceberemos que o melhor de tudo, é que nossa sensação de tempo vai mudar: não vamos olhar a vida sob o prisma do cronos (tempo finito, humano), mas, sob a ótica do kairós (tempo perfeito, divino). Deus sempre se fará presente em nossas vidas, seja no calor do dia, ou na escuridão da noite. Aliás, foi a partir da escuridão que Deus criou o universo e é a partir da escuridão da vida humana que nosso Deus em Cristo através do Espírito Santo quer gerar um novo tempo em sua vida!

É no momento de maior escuridão e nas noites que Deus revela sua misericórdia à nós – misericórdia para os hebreus = ventre, ou seja, Deus gera a sua misericórdia, antes de enviá-la até nós, justamente porque, quando Ele direciona sua misericórdia em nossa direção, sua obra é completa em nós!!!

Pensemos: se a noite, a escuridão, é a simbologia usada por Deus do ventre, ou seja, se enquanto enfrentamos as circunstâncias da vida, as dificuldades, privações, perseguições, enfermidades... se isto é a geração de um ser humano melhor, então, deve haver também o tempo do nascimento, e, sabem qual é o tempo do nascimento: em todas as manhãs!!!! – “A ALEGRIA EXPLODE AO AMANHECER!”

Nosso Deus quer gerar uma nova manhã em sua vida! – Quer colocar fim à noite escura e turva, quer irromper um novo tempo, uma nova etapa em sua vida, à qual você em nenhum momento nem mesmo ousou sonhar!!!!

Abrigados em Deus e destituídos de toda ostentação e percebendo quão dependentes devemos nos tornar, estaremos prontos a clamar tal qual o salmista:

3) “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que
alcancemos corações sábios” (90.12)

Este é o resultado de um dinâmico processo de atuação divina em nossas vidas e em nossa história. Em dias como este, em que nos preparamos para um novo ano, isto fica ainda mais evidente: Na perspectiva bíblica contar os dias não é apenas uma rememoração do passado, mas, a esperança projetada no futuro em que “nem olhos virão, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2.9).

Por isso é sinal de sabedoria: contar dias não é reviver, remontar ou reconsiderar fatos passados, mas, converter os caminhos e os procedimentos na direção de Deus e deste modo, receber e apreender o plano e o propósito divino em nossa existência. A sabedoria do coração é a certeza e a confirmação de que estamos no rumo e no caminho certo.

“Na véspera de Ano Novo, mais do que em qualquer outra ocasião em nossas vidas, percebemos que não podemos voltar no tempo... Podemos olhar para trás e relembrar, mas, não podemos voltar a viver um único momento sequer do ano que passou”.

Certamente, por melhor ou pior que tenha sido o nosso ano, ao realizar uma retrospectiva, de alguma forma fica em nosso interior o desejo de que algo pudesse ser alterado ou mesmo, revivido. Muitas vezes, é o próprio receio quanto ao que há de vir que gera em nós esta sensação. Mas, ao olhar para tudo quanto vivemos, devemos de um modo muito preciso, nos firmar que o “melhor de Deus ainda está por vir”.

Deus tem o melhor para as nossas vidas, isso já disse outras vezes, o melhor de Deus nos alcança quando somos obedientes! – Então seja obediente, e, “avançando para as coisas que diante de nós estão, prossigamos para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fl 3.14-15)

O Que Podemos Concluir de Tudo Isto?

Em primeiro lugar existe a necessidade de um Encontro com Deus: Contar os dias e alcançar a sabedoria do coração é uma abertura ao futuro possibilitada somente em Cristo e através de Cristo. É concretização do abrigo e do refúgio que somente pode ser obtido em Deus.

Em seguida, entendemos que todos os muros irão ceder diante da revolução da vida: a vaidade é transitória. Iremos saborear e vivenciar de fato a vida, amando, perdoando e valorizando.

E, finalmente, se o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, eu creio que é oportuno que passemos a Jesus o controle e a direção desta astronave, pois certamente Ele nos guiará a lugares altaneiros e neste alvissareiro empreendimento seremos plenamente abençoados e abençoadores. Lembrem-se sempre: JESUS É SUFICIENTE!

Ele providencia tudo quanto precisamos para vivermos, por isso, é tempo de confiarmos que o Deus que nos guardou desde o início deste ano, vai renovar o seu cuidado sobre nós. Nunca nos deixará. É tempo de confiarmos mais e também de agirmos na construção do Reino de Deus.

QUANDO O NOSSO DEUS NOS GUIA ELE PROVIDENCIA TUDO! – ENTÃO, QUE VENHA 2011 – UM ANO DE CONSOLIDAÇÃO DE CONQUISTAS!!!!

QUE SEJA UM ANO DE MUITAS VITÓRIAS EM NOSSAS VIDAS, FAMÍLIAS, IGREJA, CIDADE E NAÇÃO, PARA A GLÓRIA E HONRA DE NOSSO DEUS!

Nick Vujicic ( Sem braços e sem pernas )

Cinco Princípios de uma Vida de Oração

 

Base Bíblica: Sl 139

Dentre muitas marcas da jornada cristã, podemos entender que todo/a cristão/a deve cultivar em sua vida a marca da oração.

Através de uma poderosa oração de fé, o universo se coloca à disposição daquele/a que clamar. “Tudo o que ligares na terra, será ligada no céu” (Mt 16.19) nos mostra que o Universo, através da Palavra de Cristo e da oração de um justo, está pronto para explodir em louvor e adoração à Deus e, assim, demonstrar os sinais visíveis da invisível graça de Deus num mundo carente de salvação. Lembrem-se sempre de uma frase largamente conhecida nas igrejas: “Muita oração muito poder; pouca oração, pouco poder”.

O Salmo 139 esta colocado no grupo de salmos de instrução. Neste grupo, os salmos geralmente tratam de temas como a história do povo de Deus (cf. 105,106), liturgia e celebração (cf. 15,95), revelações proféticas (cf. 14,50,52,75) e do poder da Palavra Criadora de Deus. Na verdade, o salmo que acabamos de ler, nos mostra o Poder da Palavra de Deus e, além disso, nos ensina que somente podemos receber esta Palavra em nossas vidas, através de alguns princípios demonstrados através da oração.

Quero compartilhar nesta noite, cinco princípios de uma vida de oração vitoriosa e que nos garante o acesso ao Poder da Palavra de Deus em nossas, vidas, famílias, igreja e cidade.

O primeiro princípio é:

1. Sonda-me: 1-5

Sondar significa analisar profundamente, conhecer o desconhecido. Ao oramos neste sentido, estamos realizando uma verdadeira e genuína oração pautada pela sinceridade e pela humildade. Perceber que Deus sonda as nossas vidas é tão maravilhoso, pois percebemos, por exemplo, que as Sondas são naves espaciais não-tripuladas, utilizadas para a exploração remota de outros planetas, satélites, asteróides ou cometas. Ou, Deus vai além do que somos ou temos, para nos abençoar, além disso, em muitos casos quando estamos doentes, são utilizadas sondas tanto para drenar algo ruim quanto para nos alimentar, ou seja, Deus trabalha em nós no sentido de nos libertar e fortificar de um modo intenso e maravilhoso, limpa, restaura, fortaleça e cura!

O segundo princípio é:

2. Quebranta-me: 6-10

Quebrantamento significa literalmente quebrar, abater, ultrapassar, fazer dobrar, ou, podemos entender de um modo amplo e simples: Quebrantamento é sinônimo de entrega.

O quebrantar-se diante de Deus deveria ser um modo de vida levado a sério por cada cristão. Quando oramos clamando por quebrantamento, ou na verdade, quando permitimos que o verdadeiro quebrantamento brote com uma expressão sincera de um encontro com Deus, entendemos o quão dependentes devemos ser deste Deus e, percebemos o quanto o orgulho humano é a raiz de muitos males que afetam nosso coração - a escravidão ao pecado, os vícios, o egoísmo, a culpa, o medo, a hipocrisia e tantos outros. Só poderemos alcançar a vitória sobre eles se deixarmos Deus lidar com o nosso orgulho. E essa experiência acontece a partir de um genuíno quebrantamento.

O terceiro princípio é:

3. Transforma-me: 11-12

Sabemos que transformar significa mudar, alterar, creio que também entendemos que ser transformado pela Palavra de Deus é sinônimo de conversão. Quando oramos, transforma-nos Senhor, estamos dizendo, converte-nos a Ti para que vivamos. É um clamor para que saiamos das trevas, da escuridão, do afastamento, do distanciamento. Transformar é também passar por uma metamorfose. Lembram-se de como são originadas as borboletas? É tempo de sairmos dos casulos, dos condicionamentos, das prisões, e sermos transformados pela Palavra viva de nosso Deus!

O quarto princípio é:

4. Enche-me: 13-16

De um modo maravilhoso o salmista nos mostra que desde o momento da gestação, já fazemos parte do plano divino. Deus se importa conosco. Neste sentido, este princípio nos mostra como nossas vidas são limitadas e, como precisamos pedir que Deus nos encha com a sua própria vida para que vivamos. Podemos notar no mundo que vivemos, sem dúvida, uma completa sensação de vazio. Precisamos ser cheios de Deus, do Espírito Santo. Precisamos ter vida natural e também vida espiritual. Deus nos conhece deste quando éramos embriões, e, agora muito mais, Ele quer nos encher como Seu próprio Espírito Santo, que está disponível a nós.

Meus irmãos e minhas irmãs, só pode ser cheio algo que está vazio: o que tem preenchido sua vida?

O quinto princípio é:

5. Usa-me: 17-18

Após todos estes momentos, percebemos o auge do amor de Deus. Ele quer nos usar. Ele quer nos enviar em missão ao mundo. “Os pensamentos de Deus são mais altos que os nossos pensamentos” (Is 55.8). Somente quando aceitamos o desafio da missão é que somos completos. O cristão/a cheio é aquele que se deixa ser instrumento de Deus. Permita que o Senhor usa a sua vida, do seu cheio especial. Ninguém pode fazer o que você faz! Você é único, especial!

 

Finalmente, meus irmãos e minhas irmãs, percebemos que o salmista encerra o salmo reafirmando sua oração diante de Deus (vs.23-24), nos mostrando, que nossa vida deve ser um completa, sincera e autentica expressão de louvor, adoração, humildade e confiança na ação de um Deus que sabe de todas as coisas e, sempre faz o melhor em nós, por nós e através de nós.

Permita que o Senhor te conduza e guie ao melhor. Receba e transmita a benção. Em nome de Jesus. AMÉM!

NATAL... Tempo de Recebermos o Pão da Vida

 

Base Bíblica: Lc 2.1-7

Durante um período conhecido como a Grande Depressão na década de trinta, após a quebra da bolsa de Nova, a situação financeira do mundo ficou muito complicada.

Empresas fecharam, muitas pessoas perderam o emprego e tudo ficou muito difícil. Certo dia, cartazes de propaganda em toda a cidade anunciaram que estava vindo um circo. Um menino de uma família que enfrentava grandes dificuldades por conta da crise financeira queria assistir ao show, mas, seu pai disse que ele teria que trabalhar para conseguir o dinheiro. O menino nunca havia visto um circo antes, e por isso trabalhou arduamente e pôde comprar o ingresso.

No dia em que o circo chegou, o menino foi ver os atores e os animais, num desfile que fizeram pela cidade. Ao observá-lo, um palhaço veio dançando em sua direção, e o menino colocou o seu ingresso nas mãos do palhaço. Então ficou parado na calçada e aplaudia enquanto o resto do desfile passava.

O menino correu para casa a fim de contar a seus pais o que havia visto e como o circo o circo era algo emocionante. Seu pai o ouviu, então tomou seu filho nos braços e disse: “Filho, você ainda não viu o circo. Tudo que você viu foi o desfile”.

Meus irmãos e minhas irmãs: Essa história é uma parábola de Natal. Neste tempo podemos perceber que muitas pessoas ficam entusiasmadas com as festividades, mas perdem o evento principal. Durante essa época, vamos lembrar o que aconteceu no humilde estábulo de Belém, e o que significa o nascimento de Cristo para nós.

Ao longo de sua vida e ministério, por diversas vezes Jesus anunciou que Ele era o pão vivo do céu dado por Deus para a salvação de todo aquele/a que crer. Interessante é o fato de que Jesus nasceu em Belém, por conta do recenseamento promovido pelo imperador César Augusto.

Interessante, é o fato de que o imperador buscava ter a quantidade exata de pessoas no Império por causa dos impostos, e, nosso, Deus utilizou esta artimanha do imperador para revelar mais uma das grandiosas revelações acerca do nascimento de Cristo.

Jesus nasceu foi Belém. Por conta deste recenseamento, muitas pessoas viram de muitas partes e, como esta era uma pequena cidade, já não havia mais nenhuma hospedaria que poderia recebê-los. Assim, depois de tentar porta-a-porta, e, quando as dores de parto tornaram-se muito intensas, José e Maria buscaram refúgio num estábulo, e, quando Jesus nasceu, imediatamente foi colocado numa manjedoura. O que podemos entender de tudo isso?

O nome Belém significa “Casa do Pão”. O pão da vida, Jesus Cristo, nasceu na casa do Pão. Interessante ainda, é que, este alimento espiritual, foi colocado numa manjedoura, que é um nome bonito dado ao coxo, local em que se coloca a comida dos animais nas fazendas.

Meus irmãos e minhas irmãs, desde o início Jesus dava mostra de sua obra de alimentar todo/a aquele/a que estivesse com fome. Nascer em Belém, muito mais do que cumprir com uma ordenança do império era uma tipologia da obra de Cristo sobre a face da terra, ou seja, renovar a vida, e ser o mantenedor da existência tanto dos seres humanos como da criação de uma maneira geral.

Enquanto nos preparamos para uma intensa celebração de Natal, afinal, estamos no Advento, que é um tempo de espera, de priorizar e de recebermos vida (fim da esterilidade), podemos afirmar ainda que, o Natal é o tempo de nos alimentarmos do Pão da Vida! – Este é o evento principal desta época do ano.

Não se deixe levar pelo consumismo, pelo individualismo: muito mais do que dar presentes, dê carinho, seja amparo e apoio aos necessitados, demonstre amor e compreensão para com aqueles/as que precisam, enfim, seja instrumento de bênção nas mãos do Senhor.

Quais são as conseqüências de nos alimentarmos do Pão Vivo nascido em Belém?

1) NUNCA MAIS TEREMOS FOME E SEDE: João 6.33-35

Este pão vivo alimenta e farta a nossa alma. Preenche o vazio existencial gerado no interior do ser humano desde o pecado de Adão de Eva. Se o pecado entrou na história humana pelo fato de Adão e Eva terem se alimentado com o fruto proibido no Jardim do Éden, a libertação vem até nós através de um alimento que é básico em todas as partes do mundo: o pão!

Alimente-se do pão vivo nesta noite: deixe-O preencher sua vida. Este pão é tão precioso que contém tudo o que necessário para se viver, ou seja, a promessa é esta: aquele que comer deste pão nunca mais terá fome!!!

2) SALVAÇÃO: João 6.48-51

Não há outro caminho, não há outra forma de se obter a salvação. Jesus Cristo, o pão vivo é o responsável pela nossa salvação. Interessante que isto é o diferencial entre o cristianismo e todas as outras religiões, ou seja, enquanto todas elas são marcadas pelo esforço humano em obter a salvação e os bens terrenos, o cristianismo é marcado pelo esvaziamento do seu Deus, que, assumindo a forma humana, passa a viver de forma solidária com os seus filhos e filhas: isto é o caminho da salvação, um caminho vivenciado e demonstrado na prática pelo próprio Senhor!

“Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hebreus 2.17-18).

3) RESSURREIÇÃO: João 6.53-57

Esta é a esperança final para todos/as. A promessa da ressurreição é a promessa da vitória final sobre todo tipo de manifestação do mal: dor, fome, tristeza, diferenciação social. A promessa da ressurreição mostra-nos que a morte não é uma fatalidade, que não é ela quem diz a última palavra sobre o ser humano, mas, proporciona a possibilidade da construção de um futuro diferenciado e aberto de tal modo que, somos convidados a vivenciarmos o futuro de Deus. Jamais se esqueçam: O Melhor de Deus ainda está por vir!!!

A promessa da ressurreição torna-nos participantes do ato criador de Deus de renovar a criação e criar novos céus e nova terra, é o fim da história e do sofrimento humano e o surgimento da nova criação em Deus.

Meus queridos e queridas: Jesus é o evento principal do Natal. Apesar da variedade gastronômica deste período (perus, fiesta – chester, panetones...) o alimento mais maravilhoso e transformador que podemos receber é o pão da vida!

Não se deixe levar pelas luzes brilhantes da cidade e das vitrines. Deixe, sim, a verdadeira luz brilhar em seu coração e enche-lo de paz, alegria e perdão.

Seja saciado em sua fome existencial, aceite a salvação e receba a promessa da ressurreição através do Pão Vivo, Jesus Cristo, O Reio dos reis e Senhor dos senhores!!!

UM NOVO TEMPO – UMA NOVA CIDADE

 

BASE BÍBLICA: Zc 8.1-8

Nos últimos tempos temos vivenciado uma intensificação da violência em nossa sociedade. Uma grande quantidade de informação entra em nossos lares e vidas diuturnamente e, em muitas ocasiões, por conta do sensacionalismo da imprensa, parece que tudo está acontecendo mesmo dentro de casa.

Em muitos casos, passamos a viver a dor, a revolta, a sensação de impotência diante de tantos e graves dilemas que estão ocorrendo em toda a parte. Abusos constantes contra crianças e adolescentes, uma “verdadeira guerra no Rio de Janeiro”, entre muitas outras situações que poderíamos mencionar e, ainda, aqueles infelizmente não são divulgados, mas, que são exemplos tristes e trágicos do atual momento que vivemos.

O QUE FAZER DIANTE DE TUDO ISSO? – Entre muitas coisas que podemos fazer, acredito que este é um tempo em que devemos refletir sobre a qualidade da educação que nós oferecemos aos nossos filhos/as e, além disso, é tempo de pensarmos seriamente sobre os nossos modelos familiares.

O que é mais sério em tudo isso, é o fato de que todas estas questões estão interligadas à família. A família faz parte do plano divino da criação. Quando criou a família Deus, na verdade, estava providenciando as condições necessárias para que os seres humanos não vivessem sozinhos.

Este é o ideal da família: superar a solidão humana e estabelecer laços, vínculos que não podem ser desfeitos. A família é uma comunidade onde sonhos, ideais, necessidades, experiências, propósitos, projetos, esperanças, desejos estão ligados entre si sob a bênção de Deus que a estabeleceu como unidade básica da convivência do ser humano, como unidade básica da propagação da vida.

Meus irmãos e irmãs não se enganem: as cidades em que vivemos são o reflexo direto daquilo que somos enquanto família. Todos/as temos uma parcela de culpa, e a nossa responsabilidade enquanto igreja é lutar para que esta realidade tão terrível seja mudada e transformada, sob a ótica do Reino e sob a ação restauradora do Espírito Santo de Deus.

Se o Mal, personificado no Diabo tem matado, roubado e destruído, nós somos chamados para espalharmos o amor, a misericórdia, a reconciliação, o perdão, ou seja, a vida abundante prometida por Jesus Cristo em Sua Palavra.

Pensando um pouco no texto bíblico que lemos, podemos perceber que o profeta Zacarias sonhava com um novo tempo para a cidade em que habitava. A cidade outrora destruída, ocupada por inimigos, caótica, sem esperança e totalmente entregue à ação do tempo e do mal, agora, passava por um tempo de revitalização.

Qual era o segredo deste novo tempo? – A PRESENÇA DE DEUS ENTRE O POVO!!! (v.3) – A manifestação de Deus no meio do seu povo e, em resposta, o povo de Deus espalhando aquilo que recebera era a força renovadora da cidade de Jerusalém. Deus estava operando, e seu povo, numa relação de aliança, impactava seu tempo demonstrando a nova vida e a nova condição que somente o Senhor poderia providenciar.

 

“Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão
velhos e velhas...” (v.4)

Precisamos entender que longevidade não significa somente viver muitos anos, mas, acima de tudo, significa qualidade de vida. Muito mais na presença de Deus, qualidade de vida é o sinal visível da atuação da graça nos levando a viver em todo instante uma nova aliança com o Pai e com nosso próximo.

 

 

 

“As praças da cidade se encherão de meninos e
meninas que nelas brincarão” (v.5)

Crianças brincando nas praças é um claro sinal de paz. Além disso, este será um tempo em que meninos e meninas serão crianças no entendimento máximo de sua vida, ou seja, estarão livres da malicia e maledicência, saberão aproveitar o máximo suas potencialidades sem ficarem presas à internet, jogos de videogame que somente mostram cenas de morte e roubo.

Também será um tempo em que estes meninos e meninas não precisarão responder ao mundo com revolta por conta da violência a que muitas vezes são submetidas, já que não haverá estranhos entre o povo!

“Porque haverá sementeira de paz; a vide dará o seu fruto,
a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isso” (v. 12)

Se ouvimos e falamos tanto em prosperidade nos últimos tempos, quem sabe, este não seja um dos versículos mais maravilhosos sobre este tema, já que, nos mostra que a verdadeira prosperidade e vitória em todos os aspectos da vida não se resume em ter, mas, em ser: ser servo, ser fiel, ser amoroso, ser honrado, ser abençoado, ser abençoador, ser diferente, andar na contramão do sistema atual.

Este versículo mostra a renovação dos relacionamentos (semente de paz); a alegria da salvação (vide); a prosperidade em tudo quanto colocarmos as mãos (a novidade da terra) e a herança para as gerações vindouras: um patrimônio que permanece, ou seja, vidas tratadas, curadas, libertas, livres de todo mal e opressão, completamente entregues à ação de Deus em todo o tempo!

Finalmente, meus irmãos e irmãs, preciso lhes dizer algo: Deus quer transformar nosso tempo através das nossas vidas, mas, a perfeição, a cura completa e a solução final para todo o mal que vemos e, muitas vezes, experimentamos, somente encontramos na Nova Cidade que o Senhor está preparando para nós:

“Mas, agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial.
Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade” (Hb 11.16)

Pensar deste modo não significa fugir dos problemas de nosso tempo. Que fique firmando em nossos corações a seguinte verdade: "O mal sempre está de sobreaviso, pois a Verdade e a Justiça são ameaça permanente ao seu poder, sempre alicerçado na mentira e na injustiça".

Além disso, precisamos entender que enquanto aqui estivermos devemos lutar pelo estabelecimento do Reino aqui na Terra, mas, sem perder de vista, a total aniquilação do mal que se dará quando o Senhor, de acordo com o profeta Zacarias,

“Eis que salvarei o meu povo,
tirando-o da terra do Oriente e do Ocidente” (v.7).

Ainda fica algumas questões a serem respondidas para a pergunta: O QUE FAZER DIANTE DE TUDO ISSO? – Quero lhes dizer, encerrando a mensagem que podemos orar mais, fazermos concretamente a diferença no mundo em que vivemos, podemos e devemos evangelizarmos mais, cantarmos mais, pregarmos mais...

A melhor canção ainda não foi cantada; a melhor pregação ainda não foi proferida, o melhor de Deus ainda está por vir, por isso, acima de tudo, podemos influenciar as pessoas e o mundo em que vivemos de forma positiva.

Ser como Jesus, andar como Jesus, fazer o que Jesus faria diante deste e de muitos outros problemas. Influencie seus filhos, seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho, seja diferente... Seja um discípulo de Cristo e ao mesmo, um discipulado para a Glória e honra do nosso Deus e para a transformação da realidade que vivemos. AMÉM!

Sonhos Interrompidos... Sonhos Realizados - Uma Reflexão para o Fim – Começo!

 

Base Bíblica: Gn 37

Estamos a exatamente 40 dias do final do ano de 2010 (Esta mensagem foi pregada no domingo dia 22 de Novembro). Certamente, ao olhar para todos os meses e dias passados até aqui, vamos enumerar uma série de questões. Muitas positivas, outras nem tanto, muitas situações de alegria, mas, também de tristeza. Enfim, como um caminho natural da vida, experimentamos muitas situações ao longo deste ano, e certamente ainda experimentaremos ao longo de 2011!

Ao finalizar um ano e iniciar outro, elaboramos muitos sonhos. Pensando nestes termos, você já parou para refletir sobre quantos sonhos foram interrompidos até aqui? – Quantos sonharam passar num vestibular, ser curado de uma enfermidade, comprar uma casa, comprar ou trocar de carro, ter um emprego melhor, ver a conversão dos pais, filhos...

Além destes, podemos ainda mencionar, todos os sonhos que foram interrompidos por conta de catástrofes naturais como as vítimas dos terremotos do Haiti e do Chile. Também podemos mencionar as tragédias causadas pela indiferença e pecado humano: crianças, jovens, homens e mulheres que perderam suas vidas por motivos tão banais...

O que dizer e pensar diante disso? –Vamos parar de sonhar? Vamos deixar de vislumbrar no horizonte de nossas vidas um futuro e uma vida melhor? – Certamente não!!!!!

Meus irmãos e minhas irmãs: Sonhar é um dom essencialmente divino. Deus sonhou com uma grande família de muitos filhos e filhas, por isso nos criou e, para isso criou o nosso mundo. E, por graça infinita, Deus deu aos seres humanos a condição de sonhar. Quando sonhamos, temos a possibilidade de alcançar o infinito e tocar o coração de Deus em Cristo através da fé. Quando paramos de sonhar, perdemos a habilidade de viver!

 

Esta certamente é um das grandes mensagens e lições que podemos extrair da vida de José. Mesmo passando por grandes tribulações – ódio dos irmãos, a escravidão e a prisão – nunca deixou de sonhar e de esperar pelo cumprimento de tudo quanto Deus lhe revelara.

Ele era apenas um jovem / menino de 17 anos quando experimentou na pele alguns sentimentos distintos: De um lado o amor, o carinho e cuidado de seu pai, e, por outro lado, o ódio, a inveja e a indiferença de seus irmãos.

A vida de José é um símbolo, é um estimulo para todos/as que têm seus sonhos interrompidos: lançado em um poço, vendido por 20 moedas de prata (como Jesus) Deus passa a demonstrar seu cuidado e projeto na vida de José com a presença dos mercadores ismaelitas: eles eram vendedores de especiarias muito mais valiosas do que o ouro na época.

Sabem o que Deus quer dizer com isto: todas as vezes que nossos sonhos são interrompidos, Ele envia sobre nós o bálsamo (CURA DO CORPO) de sua presença que trata das nossas dores mais intimas e derrama sobre nós a mirra (CURA DA ALMA), ou seja, prepara-nos para o recebimento de algo muito maior e melhor do que tudo o que de alguma forma nos foi retirado ou adiado!

 

Além disso, nossos sonhos interrompidos são utilizados por Deus também para a cura e para o aperfeiçoamento do mundo e, principalmente, daqueles que estão ao nosso lado. Os nossos sonhos e a nossa vida são o bálsamo e a mirra para um mundo carente e sem Deus.

Meus irmãos e minhas irmãs: jamais deixem de sonhar. Sonhe! – Jamais perca a habilidade, o gosto de viver por conta de adversidades.

Sonhos interrompidos são degraus para nos aproximarmos e recebermos do melhor de Deus! – Sonhe e deixe Deus usar os teus sonhos para salvar e curar o mundo!

A vida de José é um exemplo de sonhos interrompidos, mas, principalmente, de sonhos realizados. Qual foi o grande segredo da vida de José? – Em todo o tempo Deus estava com José e, sobretudo, José estava com Deus!!!! (cf. 39.2;21)

Os sonhos interrompidos na vida de José foram a cura de Deus para um mundo que em breve passaria por um tempo de crise e fome porque o Senhor sabia que José não desistiria.

Mas, antes de tudo ser cumprido em sua vida, José foi escravo na casa de Potifar, foi lançado e esquecido no cárcere, até que Deus preparou o tempo do cumprimento dos sonhos interrompidos. José então é elevado à posição de governador do Egito 13 anos depois de ser lançado numa cova e, encontra-se na condição de salvar seus familiares mais ou menos 20 anos após aqueles terríveis momentos de aflição, medo, incerteza e desesperança.

Por isso, também conseguimos entender os nomes que ele deu aos filhos Manasses – de forma resumida esquecimento - e Efraim – de forma resumida prosperidade. Deus usou os sonhos interrompidos de José para livrar todo o mundo conhecido na época, até mesmo, aqueles que o odiaram e o venderam como escravo.

Meus irmãos e minhas irmãs: nosso Deus vivifica os mortos e traz à existência as coisas que não existem para abençoar seus filhos e filhas (Rm 4.17) e, além disso, transforma a maldição em bênção, nas palavras de José em Gn 50.20.

Creia nisso: esqueça todo o mal que alguém ou alguma circunstância possa ter causado à você. Olhe para o futuro. Gere em sua história muitos Manasses e Efraims, ou seja, esqueça o mal, creia no Deus que transforma A TUDO E A TODOS/AS, transforma o mal em bênção e seja próspero: seja abençoado para abençoar “Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e, avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo” (Fl 3.13) continue lutando, ouse triunfar na presença de Deus, ouse (isto é algo para corajosos/as) através da fé em Jesus obter tudo quanto Deus tem prometido em Sua Santa e Maravilhosa Palavra.

Finalmente, é preciso dizer que, para muitos psicanalistas sonhos são imagens e idéias que se acrescentam à nossa consciência e que, em sua maioria sinalizam desejos muitas vezes reprimidos. Por isso, são também definidos como associações incoerentes entre desejos e imagens!

Mas, para nós cristãos, os sonhos são a manifestação de desejos libertos, ou seja, baseados em uma vivencia com o Pai, somos liberados para visualizar no horizonte de nossas vidas a possibilidade real e concreta de experimentar o Reino de Deus na face da Terra.

Sonhar é encher-se de esperança e de fé. Sonhar na presença de Deus é alicerçar toda a nossa vida em suas promessas de paz, harmonia, perdão, segurança, saúde, bem, alegria e prosperidade..., não desista diante de sonhos interrompidos em 2010, mas, faça deles o combustível para que você alcance tudo o que almeja em 2011. Contudo, lembre-se do exemplo de José: você nunca conseguirá sozinho, é preciso buscar o auxílio Daquele que mesmo nas piores situações da vida, sempre nos acompanha.

Que nos últimos 40 dias de 2010 e em todos os 365 dias de 2011, você possa caminhar com Deus. Seja abençoado, seja renovado, seja curado, experimente o melhor de Deus para abençoar todos/as que estiverem ao seu redor, no nome Santo e precioso do Senhor Jesus, sê tu , meu querido e querida, uma benção!

O Milagre do Deserto e do Mar

 

Texto Bíblico: Jo 6.1-21

Queridos irmãos e irmãs: quero lhes fazer três perguntas que certamente vocês devem fazê-las a si mesmo todos os dias, ou, no mínimo, algumas pessoas já fizeram estas mesmas perguntas para vocês: 1) Quais são os sonhos, os desejos e os planos que você tem traçado para sua vida? – 2) Você já realizou alguns destes sonhos e planos? – E, se ainda não realizou todos os teus sonhos e planos, 3) o que tem impedido você de concretizar cada um deles?

Podemos dizer que vivemos um tempo em que cada um de nós pode ter muitas motivações, muitos sonhos, desejos, planos e objetivos. Podemos até dizer que vivemos um tempo em que já podemos ser vislumbrar no horizonte tudo o que cada um de nós espera para nossas vidas.

Mas, de igual forma, podemos afirmar que vivemos num tempo em que tudo o que esperamos para nossas vidas ainda não foi totalmente alcançado porque até alcançar plenamente tudo o que sonhamos ou esperamos existe um deserto que precisa ser trilhado e um mar que precisa ser vencido por cada um de nós! –E é isso um pouco do que este texto nos diz.

Na verdade, podemos entender que o operar de Deus em nossas vidas ocorre de maneira muito exata em 2 realidades humanas: o deserto e o mar.

O deserto e o mar são realidades que se manifestam em nossas vidas com dois objetivos bem definidos: l) Levar-nos ao conhecimento de nós mesmos, de verdadeiramente quem somos e apresentar as necessidades e potencialidades (“Quem sou eu?”) e 2) Levar-nos a um conhecimento amadurecido de Deus (“Quem Tu És”).

O deserto na Bíblia é tido como um local de purificação. Significa deixar o lugar em que se está para ir ao encontro de uma realidade desconhecida e temida. Por isso, o deserto evidencia a solidão e a necessidade humana de um encontro com Deus, gerando em nosso interior uma relação de dependência com o Criador.

O mar na Bíblia é o símbolo da desordem. Dos poderes que afligem e ao mesmo tempo amedrontam. É a realização plena da falta de controle. Para os judeus, o mar é o símbolo do caos e por isso, na época, era comparada ao Reino espiritual maligno.

Em nossa caminhada cristã, necessariamente, iremos enfrentar diversas vezes estas duas realidades: o deserto e o mar!

Mas, não nos preocupemos, pois, mesmo em meio ao deserto nós temos um Deus que se compadece de nós e quer ser o nosso pastor – Cuidar, zelar, exortar, animar e confortar. (v.34)

O deserto possui objetivos bem definidos. É uma realidade que certamente enfrentaremos ao longo de nossas vidas. Mas, não se esqueçam: o deserto é uma realidade que efetivamente possui um início e um fim. O deserto não é uma realidade de sofrimento, mas, uma realidade de encontros, consigo mesmo e com Deus, e nestes encontros, recebemos o conforto, o amor e a força salvadora de um Deus-pastor presente e atuante em nossas vidas.

Um Deus-pastor que se interessa pela nossa existência. Que mesmo em meio às nossas dificuldades e carências atua e faz abundar em tudo o seu poder sobre nós! 5 pães e 2 peixinhos é tudo o que você precisa para vencer o deserto e receber o operar de Deus, que é conhecido como El Shadai, o Deus que transforma o pouco em muito, de maneira transbordante, ou seja, alimentados por Ele no deserto Ele demonstra a realização do milagre que se não se resume somente na multiplicação do alimento, mas, no milagre da salvação. 12 cestos é o sinal da redenção e da restauração da harmonia com o criador (v. 42-43).

*** Ao vencer o deserto, Jesus nos direciona ao enfrentamento de outra realidade, ou seja, o mar (v. 45). Na verdade, Ele quer que nós não fujamos da realidade de nossas vidas, que está envolta a grandes ondas e ventos contrários. (47-48 a).

O mar é o símbolo das tribulações e das lutas interiores (ex. segura na mão de Deus). O barco poder ser considerado como a direção que procuramos para a nossa existência ou mais propriamente, como a nossa própria vida. A fatiga do remar contra as ondas é a tentativa da realização humana. São as iniciativas em se ajustar ou vencer por si mesmo!

Tanto que quando Jesus se aproxima, todos se assustam. É um fantasma (49). Quantas vezes tudo o que Deus quer é tomar a dianteira / controle (v.48), auxiliando e mostrando o que é melhor, mas, por estarmos tão envolvidos em nós mesmos não conseguimos enxergá-lo e o confundimos com um fantasma.

Tudo o que Ele quer é subir para o barco de nossa existência e viajar conosco não num mar-de-rosas, mas, em meio às dificuldades e necessidades que enfrentamos. Ele quer ser o nosso Ajudador!

*** Afinal de contas, por que existem desertos e mares em nossas vidas?

O deserto e o mar simbolizam o Novo Êxodo do Povo de Deus! É a libertação da opressão não somente do Egito, mas, de nós mesmos para a abertura e a possibilidade de uma nova vida.

Este novo Êxodo do Povo de Deus será consumado no banquete celestial. A cada dia nos aproximamos deste evento que é sinalizado pelos milagres e pelo operar maravilhoso de Deus.

Qual é a realidade que você está enfrentando hoje: deserto e/ou mar? Saiba que tudo o que você precisa é de fé, 5 pães e 2 peixes e 12 cestos, ou, um barco, a coragem, o mar e acima de tudo, um Deus que quer conduzí-los e abençoá-los em todo o tempo.

50 ANOS DA IGREJA METODISTA EM NOVA ANDRADINA/MS