quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA

 

planta nascendoSe existe algo que deve de forma muito precisa marcar nossas vidas e nosso senso enquanto igreja cristã é o fato de que nós não possuímos suficiência para crescermos sozinhos, ou seja, não podemos criar ou fabricar o crescimento da igreja por nós mesmos, pois Deus é quem edifica sua igreja:

“Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Cor 3.6-7)

Nossa tarefa é fazer funcionar, por assim dizer, os “mecanismos automáticos de crescimento” deixados por Deus, a fim de que, todos os impedimentos humanos sejam retirados para que ocorra o desenvolvimento de todo o potencial dado pelo próprio Deus. Isso soa muito estranho, mas, basta nos lembrarmos de algumas premissas bíblicas e isso certamente ficará mais nítido em nossa compreensão:

Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. (João 12.24).

Ele prosseguiu dizendo: "O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, quer ele durma quer se levante, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita". (Marcos 4.26-29)

O crescimento de uma igreja é o resultado natural de uma igreja saudável. Nenhuma igreja cresce porque simplesmente sua liderança decidiu crescer – quando se trata de igreja, não existe crescimento “pelas próprias forças”.

O que significaria, no entanto, crescimento de igreja pelas próprias forças? Christian Schwarz – Pastor e Missiólogo alemão – introduz sua tese com a seguinte ilustração que pode ser observada na imagem abaixo: uma carroça com quatro rodas quadradas, transportando uma enorme quantidade de belas e eficientes rodas redondas, empurrada e puxada por duas pessoas que, sem dúvida, apresentam muito empenho, mas que descobrem que o empreendimento é cansativo, lento e frustrante.

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Esse quadro, que ao mesmo tempo, apresenta a uma imagem cômica e trágica, é mais do que uma simples caricatura. É uma descrição praticamente profética da condição de muitas áreas da igreja cristã. É evidente, que a igreja ilustrada pela carroça está progredindo, mas, muito devagar.  Será que é assim que deve ser? – Se fosse possível dialogarmos com protagonistas da ilustração o porquê de tal atitude, quais seriam suas respostas? - Provavelmente, receberíamos a seguinte resposta: “É que o vento está soprando muito forte contra nós”; ou: “O morro que temos de subir é muito íngreme.”

Em muitos casos, estas respostas estão corretas. Muitas vezes, o vento está realmente soprando forte contra nós e também o caminho que muitas vezes a igreja precisa trilhar e íngreme. Mas a ilustração também nos ajuda a entender que esse não é o problema real. A dificuldade continuaria a existir, mesmo que as condições externas fossem mais favoráveis.

Com essa comparação, descobrimos algo essencial: Deus colocou à nossa disposição todos os meios de que precisamos para o desenvolvimento da igreja. O problema consiste em não usarmos os meios que Deus nos dá. Em vez de usarmos as ferramentas que Deus nos deu, tentamos empurrar e puxar o carro “pelas próprias forças”. Isso não significa que os dois protagonistas do quadro não sejam pessoas espirituais. Também não significa que o objetivo – de colocar a igreja em movimento – esteja errado. Significa simplesmente que o método utilizado para alcançarem esse objetivo não é satisfatório. Figuradamente, encontramos uma grande abundância de rodas redondas, acontece que algumas fazem uso delas, outras não.

“Usando categorias da nossa ilustração: em vez de empurrar a carroça (=igreja), importa descarregar as rodas que estão sobre a carroça e fixá-las no lugar apropriado – e depois fazer a experiência gratificante de que é o vento do Espírito Santo quem coloca a carroça (ao que parece) “automaticamente” em movimento”. [1]

Objetivamente, podemos afirmar assim que, o que realmente importa é qualidade da igreja. Na expressão do Evangelho de Mateus 7.17, arvore boa produz bom fruto: a qualidade é a raiz, e a quantidade é o fruto. Pensando na qualidade, perceberemos que:

...uma igreja em que a liderança se devotou com todas as forças ao crescimento da igreja, em que quase cada cristão usa seus dons espirituais na edificação a igreja, em que a grande maioria dos membros da igreja vive sua fé com autoridade e entusiasmo contagiante, em que as estruturas da igreja são avaliadas apenas pelo critério da utilidade para o desenvolvimento da igreja, e que a participação no culto é o ponto culminante da semana para a maioria dos envolvidos, em que se pode experimentar nos grupos familiares a força amorosa e terapêutica da comunhão cristã, em que quase todos os cristãos contribuem de acordo com os dons para que a tarefa missionária seja realizada, em que o amor de Cristo permeia quase todas as formas de atuação da igreja. Alguém consegue imaginar uma igreja assim estagnando ou até diminuindo?”. [2].

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Pensemos nisso, pois este certamente é o grande desafio para nossa caminhada ministerial, enquanto discípulos e discípulas que anunciam o Amor e o Evangelho de Jesus Cristo nos caminhos da missão.


[1] Christian A. Schwarz. O ABC do Desenvolvimento Natural da Igreja. p. 28.

[2] Christian A. Schwarz. O ABC do Desenvolvimento Natural da Igreja. p. 31.

segunda-feira, 4 de março de 2013

VIVENDO UM COMPROMISSO COM DEUS

 

Base Bíblica: 1 Sm 2.30

Vivemos um tempo em que uma quantidade grandiosa de pessoas está buscando em Deus a solução dos seus mais diversos problemas. Isso é legítimo. Contudo, precisamos entender que muito mais do que a bênção, nós enquanto cristãos precisamos buscar o Abençoador; muito mais do que as mãos, precisamos buscar a face, a presença deste Deus.

Além disso, é necessário enfatizar que, vivemos em meio à uma sociedade em que cada vez mais fica evidente o apego ao descompromisso. Podemos perceber isso nas relações amorosas, acadêmicas, sociais nas mais diversas instâncias, enfim, falar de compromisso também é uma maneira clara de que nós possamos nos municiar para que este mal não venha a dominar sobre as nossas vidas.

O que podemos definir como compromisso? Compromisso é a formaimage pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém. Há diversos tipos de compromissos: religioso, amoroso, de negócios, etc. A palavra deriva de "promessa", ou seja, "com promessa". Quer dizer que quando há um compromisso há uma promessa. Portanto, compromisso é uma responsabilidade adquirida de forma verbal ou escrita que nos faz responsáveis por algo, perante essa afirmação (verbal ou escrita), feita por nós mesmos, sendo isso o compromisso. Quem se compromete e não cumpre é um irresponsável. Quem se compromete e cumpre é responsável e chama a atenção alheia por ser capaz de manter sua posição a realizar o acordado. (Fonte: Wikipedia, Dic. Priberam)

No texto lido, podemos perceber o quanto o Senhor nos leva a sério. Seu chamado para as nossas vidas é intenso e, de igual modo, Ele espera que nós venhamos a corresponder. O sacerdote Eli e seus filhos foram rejetitados por Deus porque desprezaram o compromisso que tinham diante Dele e do povo. Suas práticas demonstravam irresponsabilidade, ganância. Pecaram, e, deixaram de serem os representantes de Deus sobre a face da Terra.

Viver um compromisso com Deus significa representa-Lo! (2 Cor 5.20) – Você permitiria que uma pessoa desconhecida o representasse diante da sociedade, do local de trabalho ou de sua família?

Acredito que, como você está aqui, isso já demonstra o seu seu desejo de aprofundar sua vida na presença de Deus. Assim, o Senhor quer nos mostrar três exigências para se viver um compromisso com Ele:

1) O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE RENÚNCIA

"Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo" (Lc 14:26,27).

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a) Renúncia do Eu: Dos meus projetos pessoais que se contrapõem aos projetos de Deus (cf. Lc. 14.16-24);

b) Do pecado: Não pode ser uma regra na vida do cristão, deve ser um acidente.(1 Cor 6.12)

2) O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE DISCIPLINA

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a) Disciplina da Oração: Fp 4.6; Lc 18:1
b) Disciplina na Meditação na Palavra: Sl 119.105;
c) Disciplina do Jejum: Is 58.5-11; Sl 69.10;
e) Disciplina no Enchimento do Espírito Santo: Ef 5.18
d) Disciplina na Comunhão com o Corpo (igreja): Rm 12.1-12

3) O COMPROMISSO COM DEUS EXIGE PERSEVERANÇA

“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado”.
(Hb 12.1-4)

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a) Precisamos vencer o cansaço e a comodidade:


b) Os falsos sentimentos e a falsa espiritualidade:

c) As condições adversas:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. (1 Coríntios 9:24)

Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão” (1 Coríntios 9.27).

"O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido". (Salmo 34.8)

 

Finalmente devemos entender que o compromisso é uma ação que em última instância sempre vai tocar a nossa individualidade! - Napoleão Bonaparte dizia que “nada é mais difícil, e por isso mais sublime, do que ser capaz de decidir”. A vida é feita de decisões. Quando se trata das coisas relacionadas a Deus a decisão é pessoal.

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Ele espera que cada pessoa que deseja servi-Lo, seja plenamente consciente de se empenhar exclusivamente a Ele. Deus quer voluntariedade com responsabilidade. Um dos maiores esportistas brasileiros o piloto Ayrton Senna, disse em uma ocasião algo muito interessante: "no que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz". Deus é zeloso e quer constituir um povo “exclusivamente seu, zeloso de boas obras”, isto é, formar uma geração de pessoas que sabem quem são e o que devem fazer. (Cf. Tt 2.14).

Que nós possamos demonstrar todo o nosso amor pelo Senhor através do nosso amor incondicional por Jesus, com uma consciência clara de nosso chamado e, de modo intenso, exercer os dons que recebemos para o louvor da Sua Glória (cf. Jo 15.13; Mt 28.19-20). AMÉM!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TEMPO DE SEMEAR

Estação Cultivo 1

Base Bíblica: Mt 13.1-8;18-23
É inegável que atualmente vivemos numa sociedade que vislumbra em suas ações uma ditadura do sucesso. O que podemos entender como sucesso? – O que, verdadeiramente significa ser bem-sucedido em nosso tempo?
imagePodemos definir sucesso em primeiro lugar, como sendo o oposto do fracasso, uma vez que, nesta direção, sucesso significa alcançar êxito, obter bom resultado. O sucesso pode ser medido em termos de se atingir um determinado nível de status social e, pela quantidade de realizações de metas ou objetivos.
Mas, diante de tudo isso, ainda me pergunto, seria isso mesmo sucesso? – Quantas pessoas atualmente são considerados como um “sucesso em pessoa” mas vivem permeados de infelicidades, perdas, distanciamento de si e dos outros....nesta lógica da mentalidade que direciona nossa sociedade, o semeador da parábola de Jesus seria bem-sucedido ou seria visto como fracassado?Avançando um pouco mais nesta direção, na lógica do tempo presente Jesus seria um sucesso ou um fracasso?
Ao ministrar esta parábola Jesus possuía dois encaminhamentos muito claros: 1) Anunciar o Evangelho à multidão que o seguia e, 2) Tratar de forma individualizada os seus discípulos. Além imagedisso, de forma muito objetiva, Jesus deixa muito claro neste ensino que uma grande colheita é o resultado de um grande processo de semeadura! – Esta é uma grande e irrefutável verdade: não pode existir nenhum tipo de colheita se, antes, de forma contundente, não existir a semeadura!
Através desta parábola, Jesus demonstra de forma muito intensa que a semeadura deve ser o estilo de vida dos/as seus/suas discípulos/as. De acordo com Jesus, nos caminhos da Missão, os/as discípulos/as devem:
1) Semear em Todo Tempo e Lugar: (v.3-6)
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De acordo com a história, afirma-se que, em tempos de sementeira na Palestina, de certo modo, não se podia distinguir com facilidade os caminhos habituais dos campos cultiváveis, por isso, era de certo modo, natural que, ao longo do caminho, as sementes caíssem em partes diversas do solo. Por isso, somos chamados/as e desafiados/as a semear em todo tempo e em todo lugar indistintamente!
Após a ressurreição, Jesus comissionou os discípulos lhes dizendo:
“Ide, fazei discípulo de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho ensinado, e que estou convosco todos dias a te consumação dos século” (Mt 28.19-20)
Nos caminhos da missão, enquanto os/as discípulos/as semeiam, jamais devem:
2) Escolher o Solo: Todos são Dignos do Amor e da Salvação que vem de Deus (v.19-22)
Meus irmãos e minhas irmãs: salvar o mundo não é ideia do ser humano, salvar as pessoas e transformá-las é um ideia de Deus!
Podemos notar que no ensino de Jesus existem 04 tipos de solo, e que, por mais improvável que seja todos podem produzir, uma vez que todas as sementes nasceram! – Disse Jesus:image
“... meu Pai é o agricultor”. (Jo 15.1)
Por isso também podemos perceber a ênfase no crescimento de todas as sementes: nos caminhos da missão, enquanto igreja precisamos entender que todo solo pode ser cultivado, ou seja, não existe vida, por distante que pareça do amor e do propósito de Deus que não possa ser um solo para a semeadura do Reino e da Palavra de Deus!
“Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”. (1 Co 3.7-10)
Meus queridos e queridas: jamais julgue a condição de quem quer que seja, pois diante de Deus, todo ser humano é solo fértil em potencial. Lembre-se: fomos criados da terra, por isso, até que o ser humano dê uma direção distinta para sua vida, sob a perspectiva divina, é solo fértil preparado para ser bênção e para abençoar!
Nos caminhos da missão, enquanto os/as discípulos/as semeiam, devem aprender a confiar e esperar, pois:
3) No Tempo Oportuno, os Frutos serão Colhidos:
imageApesar de um aparente fracasso inicial, as sementes que caíram entre pedras e espinhos, ou, mesmo, aquelas que ficaram em meio ao caminho, a seu tempo, hão se expor seus frutos! – É claro que, objetivamente, todos somos desafiados a sermos boa terra, solo fértil, mas, também sabemos que os caminhos da vida sempre tentarão nos permear, envolver, preencher com rochas e espinhos para não florescermos com a devida força ou, lançarão sobre nosso ser, as aves arrebatadoras, na tentativa de nos intimidar e retroceder em nossa vida de diante de Deus.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. (1 Co 10.13)
Além disso, precisamos ainda pensar que, são quatro tipos de solo com rendimento bastante diferente: “A cada um segundo a medida da sua capacidade” (Mt 25.15), e, um solo fértil com três tipos de rendimento: cem, sessenta e trinta por um. Interessante é o fato de que, neste caso, a fertilidade da terra é acentuada pela qualidade da semente, que é Palavra de Deus e, pelo que já sabemos, esta palavra jamais voltará vazia!
“Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”. (Is 55.9-11)
Finalmente, meus irmãos e irmãs, diante de tudo o que compartilhamos Jesus seria um sucesso ou um fracasso em nosso tempo? – Entendo que, na lógica bíblica e, sobretudo, no movimento de Jesus, sucesso é uma construção constante e dinâmica erguida sobre as bases do serviço e do sacrifício!
Por isso, como filhos e filhas, este estilo de vida proposto – O de Semeadores – nos leva a agradar a Deus e, assim, amar, servir e doar-nos pelos outros. Os campos são enormes e, estão prontos para a colheita, contudo, ainda faltam semeadores/ceifeiros:
“Então, disse aos seus discípulos:
A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara”.
(Mt 9.37-38)
Este chamado para a semeadura nos força e sair do egocentrismo de pensar que todas as sementes são nossas ou somente para nosso próprio deleite. Semear é amar aos outros de tal maneira que não existe outra direção que não seja sair de nós mesmos. Viver a semeadura como estilo de vida nos força a crescer! – Que o Senhor nosso Deus em Cristo nos dê graça e unção, para que, pelos caminhos da missão, possamos espalhar a boa semente do Reino de Deus e que neste dinâmico e intenso processo, muitas vidas sejam acrescentadas e transformadas para a glória e honra de nosso Senhor Jesus Cristo, AMÉM!























quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

AS QUATRO ESTAÇÕES DOS GRUPOS PEQUENOS

 

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20)

Deus está trabalhando em nossa geração, nesses últimos dias, PREPARANDO seus discípulos e discípulas  para a conquista de cidades e territórios. A nuvem do mover de Deus é dinâmica, ela se move de maneiras diferentes no decorrer dos tempos. Precisamos entender qual é a estratégia básica de Deus para a Sua Igreja em todos os tempos.

O sistema de grupos pequenos é uma ferramenta ou estratégia ou, ainda, um sistema de organização da Igreja nas suas tarefas de evangelismo, discipulado e comunhão, ou seja, no cumprimento da Grande Comissão: fazei discípulos, batizando-os e ensinando a guardar tudo que vos tenho ordenado.

GRUPOS - MULTIPLICAÇÃO

Um sistema assim é um plano praticável que une os recursos que entram pela porta da frente (isto é, tempo, energia, criatividade, finanças, etc.) e os usa de uma forma sistemática para trazer os perdidos para Jesus e ensiná-los a guardar tudo que Jesus ensinou.

O sistema de grupos pequenos está baseado tanto no conselho de Jetro a Moisés (Êxodo 18:13-26) como no exemplo de Jesus que, mesmo tendo pregado e ministrado às multidões, separou doze homens a quem se dedicou em ensino particular, andando, comendo e dormindo com eles para imprimir seu próprio caráter neles, esperando que eles reproduzissem o mesmo nos outros que seriam ganhos pela sua palavra (Marcos 3:13, 14; Lucas 6:12, 13). O apóstolo Paulo utilizou o mesmo sistema, tendo sempre discíulos que caminhavam ao seu lado durante praticamente todo o seu ministério:

E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2)

Podemos entender que o  o sistema de grupos pequenos pretende resgatar as características da Igreja Primitiva, que se reunia tanto no Templo como também em casas, e que era dinâmica, movia-se incansavelmente, direcionada pelo Espírito Santo.

De forma muito intensa no sistema de grupos pequenos, cada casa é uma extensão da Igreja, cada crente um evangelista e um discipulador (Atos. 1:1 a 2:41; 2:46-47; 5:42; 10:1-48; 12:9-17; 16:40; 19:8-12; 20:7-12; 20:20; 21:8-14; 28:16, 23, 24, 30 e 31; Romanos. 16:3-5, 14,15 e 23; 1 Co. 16:19; Cl. 4:15).

Um dos benefícios do Grupo Pequeno é a formação espiritual específica para cada grupo. Isso significa que há lugar para o crescimento de cada pessoa em nossa família. Sejam crianças, adolescentes, jovens, adultos e anciãos, todos podem crescer e desfrutar de um ambiente aconchegante, vivo e transformador.

As estações do ano são elementos que utilizaremos a cada trimestre para enfatizar um propósito específico e desenvolver ações estratégicas para o crescimento saudável da Igreja por meio dos Gps. Uma semente quando plantada e cultivada nasce, recebe cuidado, cresce e frutifica. Assim é a nossa vida, nossa Igreja e os nossos Grupos Pequenos.

QUAIS SÃO AS QUATRO ESTAÇÕES DOS GRUPOS PEQUENOS, E QUAIS SÃO AS SUAS ÊNFASES? – CONFIRA:

Na estação CULTIVO, vamos preparar a terra e semear. Na vidclip_image002a do GP, isso será feito por meio de evangelismo pessoal com o objetivo de alcançar e trazer mais pessoas para o grupo. Realizaremos eventos ponte como, “Dia do Amigo”, churrasco, pizzada, cinema especial, lista do OIKOS para oração e outros meios para atrair pessoas aos nossos GPs.

Na vida dos líderes iniciaremos o pastoreio e capacitação por meio dos encontros de liderança quinzenais. Os grandes momentos desta estação serão: Batismo em Março, a Campanha “Um Mês para Viver” em Abril e a Celebração do Coração Aquecido em Maio.

clip_image004Na estação CUIDADO, vamos proteger e desenvolver os novos na fé. Na vida do GPs, isso será feito por meio de integração, cuidado personalizado e na comunhão intencional dos novos nos GPs. Faremos séries de mensagens, e uma Campanha Intitulada “40 dias de Rendição”. Vamos incentivar que toda a liderança local, bem como, novos, participem do Encontro Com Deus.

 

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Na estação CRESCIMENTO, para a glória de nosso Deus, iniciaremos o processo da frutificação. Na vida dos GPs, isso será feito por meio de séries específicas de batalha espiritual, finanças, família e serviço. Será um tempo de desafios para um amplo desenvolvimento dos nossos Atos de Piedade e das Obras de Misericórdia. Vamos sair para atos de bondade, nos envolveremos intensamente com os projetos sociais e missionários. Na vida dos líderes, iniciaremos o processo da transição ministerial para o biênio 2014-2015. Na Celebração do Jubileu de Álamo, vamos celebrar nossa “1ª. Festa das Águas” em Setembro.

 

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Na estação COLHEITA, vamos celebrar a multiplicação do pastoreio, liderança e GPs. Na vida dos GPS, isto será feito por meio de festas de confraternização entre os GPs. Na vida dos líderes, vamos celebrar comprometendo-nos com a capacitação da nova líderança. O grande momento desta estação será a “Festa da Multiplicação” – a maior celebração do ano (07/Dez).

BANNER ANO DA MULTIPLICACAO 200x200